A Casa do Povo de Esgueira foi fundada em 9 de Novembro de 1942 por Alvará do Sr. Secretário de Estado das Corporações e Previdência Social, com o objectivo fundamental de prestar assistência às populações rurais da sua área.
Presidiu à sua comissão instaladora o Sr. Jorge António Marques, secretariado pelos Srs. Serafim Rodrigues Mieiro e Américo Ramalho.
A primeira direcção foi empossada em 8 de Fevereiro de 1943, e era composta pelos Srs. Francisco Marques Pitarma, Damião Cosme Oliveira e Cunha e Joaquim Alves Moreira, respectivamente presidente, secretário e tesoureiro. Para além da vertente de "segurança social" dos trabalhadores rurais, teve igualmente a componente cultural, com a existência de um rancho folclórico, que se extinguiu, a componente desportiva, através da sociedade columbófila, que se autonomizou, e do basquetebol, que deu origem ao Clube do Povo de Esgueira, e ainda a vertente da saúde, já que a actual Unidade de Saúde de Esgueira, esteve em tempos instalada na Casa do Povo, e foi por esta gerida.
Ao longo dos anos sofreu grandes transformações, que começaram a operar-se fundamentalmente a partir de 1982. Assim e pelo Decreto Lei 4/82, de 11 de Janeiro, a Casa do Povo foi transformada em pessoa colectiva de utilidade pública de base associativa, com o objectivo de promover o desenvolvimento sócio-cultural e desportivo das comunidades.
Ao tempo era tutelada pela Junta Central das Casas do Povo, órgão do Estado que controlava os seus actos, e que veio substituir o Instituto Nacional do Trabalho, anterior entidade de tutela.
Em 1985 e pelo Decreto Lei 185/85, de 29 de Maio, foi extinta a Junta Central das Casas do Povo, passando a tutela para o Centro Regional de Segurança Social de Aveiro.
Foi em 1986 que se operou a grande mudança, já que o referido Centro Regional lhe retirou a componente de segurança social, passando apenas a dedicar-se à vertente sócio-cultural e desportiva.
Em 1990, pelo Decreto Lei 246/90, de 27 de Julho, a Casa do Povo de Esgueira conseguiu a sua verdadeira autonomia, já que ficou liberta de qualquer tutela, passando a ser uma Associação pura e simples, dependendo apenas da vontade dos seus sócios.
Assim se mantem até à data, prosseguindo fins essencialmente desportivos e culturais, tendo em funcionamento 3 classes de ginástica, três equipas de futsal, uma escola de música, taekondo, e jogos tradicionais, num total de cerca de 140 praticantes, todos enquadrados por técnicos devidamente credenciados.
Como feitos relevantes, a destacar na época desportiva de 1998/1999, o titulo de campeão nacional de juniores "equipas", na modalidade de Badminton, e na época de 1997/1998 campeão distrital de Futsal, na categoria de Juvenis.